Foto: Jonathan Lins
Atualmente, as mudanças climáticas levantam questões sobre o futuro das cidades e a necessidade de incluir a resiliência climática e a justiça territorial no debate. É essencial garantir que todas as comunidades urbanas tenham acesso a infraestruturas seguras e sustentáveis. As cidades, como epicentros das atividades humanas, são particularmente frágeis a eventos climáticos extremos, como inundações, ondas de calor e elevação do nível do mar.
A era denominada Antropoceno, iniciada nos anos 2000, na qual o ser humano é responsável por grandes transformações globais, que provocam perdas de biodiversidade, extinções em massa e, de forma geral, diminuição da qualidade de vida, afetando principalmente as regiões mais vulneráveis. Em Maceió, destaca-se o agravamento da erosão da costa marítima, o aumento da temperatura e do nível do mar, e a intensificação de alagamentos, deslizamentos e enchentes durante o período chuvoso. Com a revisão do Plano Diretor, há a oportunidade de antever e mitigar essas ações, a partir de estratégias de resiliência urbana, como a implementação de soluções baseadas na natureza, incentivo às práticas de agricultura urbana, preservação das áreas verdes e aumento da permeabilidade do solo. Além disso, é crucial fomentar a educação ambiental, a eficiência energética e as práticas de consumo sustentáveis. Portanto, as políticas de desenvolvimento urbano exigem uma reconfiguração das abordagens tradicionais, alinhadas com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, mas também com a promoção de cidades mais justas e inclusivas.
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