PARQUE DO AMANHÃ

O antigo lixão de Maceió, situado no bairro Cruz das Almas, já foi uma enorme montanha de lixo a céu aberto, acumulando 45 mil toneladas por mês e despejando cerca de 200 mil litros de chorume diretamente no solo e nos lençóis freáticos diariamente. Na década de 40, a região era considerada suficientemente distante para receber os resíduos da cidade sem causar problemas, mas, com o tempo, tornou-se bastante urbanizada. Após o fechamento do lixão e a implementação de ações de remediação, a área passou a ser valorizada, com a construção de vias públicas e grandes empreendimentos ao seu redor.

Ademais, o terreno do antigo lixão é cercado de um lado por empreendimentos comerciais, enquanto na frente há construções de residências de alto padrão. Nos outros dois lados, encontra-se a Vila Emater, considerada atualmente um aglomerado subnormal, habitada por antigos catadores de lixo. Essa comunidade enfrenta uma grande carência de áreas de lazer adequadas e de iniciativas voltadas à segurança.

Nesse sentido, esta área possui o potencial de ser utilizado pela comunidade, respeitando todas as restrições ambientais e de segurança estrutural, uma vez que não é adequado para construções robustas devido ao seu maciço de lixo sedimentado. Nesse sentido, o projeto do Parque do Amanhã surge como uma oportunidade para Maceió, com a criação de um jardim público, onde os elementos da natureza são predominantes e que se destina ao recreio, lazer e convívio. A proposta desse espaço público visa transformar a área, permitindo que a população se aproprie dela, além de gerar um novo atrativo para a cidade. Assim, o contato com a natureza pode proporcionar um sentimento de pertencimento, trazendo ainda diversos benefícios para a estrutura social e ambiental de Maceió.